segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Tuapandula - Uma Agradecimento à Angola

1- Como surgiu a ideia de fazer esta exposição?

Bom, desde que fomos convidados para participar do projeto Missão Angola desenvolvido pela Escola de Missões (Estreito/Florianópolis), que visa preparar voluntários para encarar os maiores desafios e mudarem a realidade por onde passam, levando não só uma mensagem de esperança, mas auxilio prático às necessidades reais de cada povo, nos prontificamos também a auxiliar o projeto como fotógrafos. Logo, sonhamos na possibilidade de montar uma exposição assim que retornássemos, algo que pudesse dar continuidade ao projeto, que de alguma forma pudesse fazer a diferença na vida de mais brasileiros e não somente na Angola, país que desenvolvemos toda a missão.

2- Quantas fotos serão expostas?

Ao todo, temos uma média de 100 fotos exclusivas para o evento. Serão expostas em quadros de 60x90cm contendo textos descritivos de vários eventos que ocorreram durante o projeto.

3- O que as pessoas podem esperar desta exposição?

Imagine um povo sofrido, abalado profundamente por guerras, extrema pobreza e desestruturado por uma gigantesca desigualdade social e ainda assim, é feliz! Humilde, sabe dar valor ao que realmente importa à vida, que transparece sempre carinho, bom grado e simplicidade. Essa é a história que queremos contar! Desejamos debater sobre a importância da fotografia como instrumento que toca corações, que marca momentos, que registra vidas... que faz história.

Queremos despertar a consciência para o valor na quilo que realmente importa à vida, que a felicidade está no convívio interpessoal e não com objetos, tecnologias, bens materiais em geral e etc. Esperamos que um choque de realidade seja o despertar de um novo olhar para cada visitante, seja para ele repensar o quanto ele desperdiça de água, o quanto ele reclama da comida e da roupa que veste todos os dias, até o simples fato de olhar para o próximo com mais compaixão, mais carinho, menos preconceitos e mais disposto a ajudar quem quer que seja.

4- Quanto tempo vocês ficaram na África?

O projeto desta vez abarcou intensos 20 dias! Divididos entre a construção de uma escola durante o dia e palestras diárias em 11 pontos diferentes da região de Chicuma, que fica a cerca de 1000Km da capital, Luanda, onde ficamos estabelecidos. Como foram em torno de 21 voluntários de diversas áreas profissionais, como psicólogas, nutricionista, professores, arquitetos e etc., todos puderam compartilhar muito conhecimento. Foi desgastante trabalhar em construção civil sob um calor de quase 30 graus todos os dias e encarar um frio as vezes de 10 graus a noite depois de um dia cheio para palestrar, mas valeu a pena cada segundo!

5- Fale um pouco sobre a experiência de vocês neste país.. E sobre o projeto "Missão Angola"..

A experiência de fato é única, mesmo para Jean R. Habkost que já havia visitado o país anteriormente, quanto para Andréia Dalpasquale que foi pela primeira vez. O choque de realidade é muito intenso, tudo é diferente! Alimentação, costumes, maneiras de convívio, tecnologias para o trabalho, clima, paisagem, enfim, tudo é muito distinto. Quanto ao projeto, o peso da responsabilidade era compartilhado por todos à medida que se questionavam como poderiam deixar uma marca positiva na vida daquelas pessoas. Sem demora a resposta veio em forma de necessidade. Na verdade, de necessidades. E o meio mais eficiente de ir ao encontro delas foi através da Educação. Assim, ao longo do projeto foram realizadas palestras e atividades de diversas temáticas, tais como: saúde bucal, higiene pessoal, primeiros socorros, sexualidade, meio ambiente e reciclagem. Bem como a construção de dois dormitórios, um refeitório, banheiros e a conclusão de boa parte das salas de aula em um complexo que abrange 8 salas e quatro banheiros.

6- Depois de um trabalho como este, qual a sensação? De dever cumprido?

Dever cumprido? Em partes! Pois há tanto para se fazer por aquele povo, que mesmo que você voltasse mais dez vezes ao mesmo lugar, ainda arranjaríamos o que fazer para melhorar as condições de vida deles. É um consenso de toda a equipe que a missão só começou lá, há muito para se fazer também no Brasil e em outros lugares que carecem de ajuda humanitária. Ir a exposição é com certeza ajudar esse projeto a seguir o seu caminho que compete sobre tudo, transformar, desenvolver vidas!

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