sábado, 27 de agosto de 2016

Arquivos Confidenciais - Saladino.

Saladino (em árabe: صلاح الدين يوسف بن أيوب; transl.: Ṣalāḥ ad-Dīn Yūsuf ibn Ayyūb; em curdo: سه‌لاحه‌دین ئه‌یوبی; transl.: Selah'edînê Eyubî; ca. 1138 — 4 de março de 1193) foi um chefe militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. No auge de seu poder, seu domínio se estendia pelo Egito, Síria, Iraque, Iêmen e pelo Hijaz. Foi responsável por reconquistar Jerusalém das mãos do Reino de Jerusalém, após sua vitória na Batalha de Hattin e, como tal, tornou-se uma figura emblemática na cultura curda, árabe, persa, turca e islâmica em geral. Saladino, adepto do islamismo sunita, tornou-se célebre entre os cronistas cristãos da época por sua conduta cavalheiresca, especialmente nos relatos sobre o sítio a Kerak em Moab, e apesar de ser a nêmesis dos cruzados, conquistou o respeito de muitos deles, incluindo Ricardo Coração de Leão; longe de se tornar uma figura odiada na Europa, tornou-se um exemplo célebre dos princípios da cavalaria medieval.

Nasceu em Tikrit (no atual território do Iraque) em 1138, e morreu em Damasco, hoje capital da Síria, em 1193. Foi o responsável por restaurar o sunismo no Egito.

Saladino distinguiu-se pela primeira vez nas campanhas do Egito, sendo nomeado vizir. Sultão do Egito a partir de 1175, sucedeu a Atabeg de Moçul, em nome de quem partiu à conquista do Egito. Unificou o país (1164-1174), a Síria (1174-1187) e a Mesopotâmia, tornando-se um poderoso dirigente. Doutrinou zelosamente seu povo a encarar a luta contra a cristandade como uma guerra santa e fundou colégios para o ensino da religião islâmica.

Considerado o campeão da guerra santa, Saladino se tornou o herói de um ciclo de lendas, que percorreram todo o Oriente médio e a Europa, e seus feitos são lembrados e admirados até os dias de hoje pelos povos muçulmanos.

Forte protector da cultura islâmica, não era apenas um líder militar, mas também um excelente administrador dos seus domínios. Mandou reconstruir a mesquita de Al-Aksa na cidade de Jerusalém, e ordenou também a construção da cidadela do Cairo e outros monumentos de interesse.

Saladino morreu no dia 4 de março de 1193, em Damasco, pouco depois da partida de Ricardo. Quando o tesouro de Saladino foi aberto não havia dinheiro suficiente para pagar por seu funeral; ele havia dado todo o seu imenso tesouro para caridade.

Ele está enterrado no Mausoléu de Saladino, no complexo da Mesquita dos Omíadas, em Damasco, e é uma atração popular.

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